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Blog de temática LGBT

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Nikolai Alekseev


Estava no meio da 12ª Parada do Orgulho GLBT de São Paulo em 2008 juntamente com meu namorado e nossa amiga Fran. Johnny e eu como todo qualquer casal nos beijávamos à vontade no meio do povão. Eis que de repente sentimos um flash perto de nós. Avistamos um loiro enrolado numa bandeira. Não ficamos constrangidos por ele nos fotografar, pelo contrário, deixamos ele tirar mais 2 fotos mas nós 3 ficamos intrigados:
-Peraí ele é russo ou holandês?
Nós como qualquer pessoa que não estuda Geografia todo dia confundimos a bandeira daí a Fran corajosa foi lá perguntar pra ele mesmo não falando outro idioma. Ele respondeu:
-Russian!
Ótimo, pensamos, nossa fomos fotografados por um russo, nossos rostinhos vão pra longe, rsrs mas não fazíamos idéia de quem era aquele pacato e calmo cidadão russo.
Nos dias seguintes fiquei procurando fotos do Evento na net e me deparei com a foto do russo em alguns lugares, logo pensei:
-Peraí, esse cara não é um anônimo não. Vou descobrir quem ele é.
E não é que descobri mesmo?
Tratava-se do fundador da Moscow Pride e um dos maiores ativistas LGBT de toda Europa, conhecido por lutar a vários anos pelo direitos homossexuais no seu país, Nicolai Alekseev.
Foi sua primeira vinda ao Brasil.
Todo ano em Moscou, Alekseev sai com seus 150, 200 "gatos pingados" às ruas e normalmente é preso além de ser insultado , agredido pelos católicos ortodoxos e nacionalistas todos apoiados pela prefeitura homofóbica e até mesmo seu governo federal que considera a homossexualidade algo inaceitável naquele país.
Mesmo assim Alekseev não pára.
E através da mordaça imposta a Alekseev e seus gatos pingados é que a situação dos direitos homossexuais na Rússia está cada vez mais sendo discutida no mundo.
Bravo Alekseev, tiro meu chapéu pra você e aguardo o dia em que você possa realizar a Moscow Pride com a liberdade que já existe em outros países da Europa.
Nicolai Alekseev, exemplo LGBT!
As guerras só acabarão no dia em que as pessoas não se importarem com a cor da pele, a sexualidade , a nacionalidade , a religião, o dinheiro...infelizmente isto parece estar bem longe de acontecer na sociedade hipócrita que vivemos.
Mas ainda me sobra um pontinho de esperança...um pouquinho de Alekseev.



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